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quarta-feira, dezembro 17, 2014

Killinger und Freund Motorrad





A Killinger und Freund é uma moto que, devido à IIGG, nunca chegou às linhas de produção.

O único exemplar que existe (não se conhece nenhum outro) foi descoberto por um militar americano, numa instalação militar alemã, por altura do final da guerra, na primavera de 1945.

No entanto, ao que parece, a moto foi construída em 1935, por um grupo de cinco engenheiros alemães, de Munique, denominado precisamente Killinger und Freund. Trata-se de uma derivação de outra moto alemã, a Mégola, de tração dianteira e que com o seu motor rotativo a dois tempos, instalado na roda da frente, venceu várias corridas nos anos de 1920.

Mas esta Killinger apresentava significativas diferenças para o modelo que a inspirou. A mais notória prende-se com o aspeto aerodinâmico do seu desenho, uma imposição dos seus criadores que queriam todas as partes móveis cobertas e protegidas da lama e do pó, a resultar em linhas muito elegantes e fluidas.

No entanto, outras diferenças significativas fazem dela um grande avanço tecnológico para a época. A começar no motor a dois tempos e com 600cc de cilindrada, também ele a fazer parte da própria roda dianteira, mas que em vez de cinco, apresentava apenas três ciclindros, conseguindo um peso total de apenas 50kg devido à sua fundição em liga de aluminio. Aliás, todo o conjunto era extremamente leve, pesando a moto apenas 135kg.

A alimentação era feita por uma válvula rotativa e o carburador foi especificamente desenvolvido para eliminar os problemas de carburação da Megola, devidos à vibração das agulhas, enquanto que os braços da jante fundida serviam de ventoínha potenciando a refrigeração do motor.

A jante era construída de forma que permitia remover o pneu em caso de furo, sem ter que desmontar o centro da roda onde o motor estava acoplado. Mas para desmontar o motor, também bastava apenas desapertar dois parafusos e desligar alguns cabos e tubagens, nomeadamente a linha de combustível e os cabos de alimentação elétrica e do travão, que estava instalado no cubo da roda.

O quadro tubular era mais resistente, tal como a forquilha, e a Killinger também já dispunha de suspensão em ambos os eixos, sendo que a roda traseira era suportada por um dispositivo de metal e borracha que não necessitava de manutenção. Por tudo isto, a direção já se comportava praticamente como a de uma moto convencional. No capítulo do conforto ainda era possível, através da abertura do quadro, ajustar as molas do assento de acordo com as especificações do condutor.

A Killinger, relativamente à Megola, ainda tinha a grande vantagem de estar equipada com uma caixa de duas velocidades que era operada através de cabos de aço, accionados por pedal, e uma embraiagem convencional de molas e discos.

















Fontes:

http://www.warhistoryonline.com/featured-article/captured-german-killinger-und-freund-motorrad-1945.html

http://www.cockerell.de/08%20Killinger%20und%20Freund.htm







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