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domingo, dezembro 11, 2011

Yamaha XTZ 1200 Tenere





A “Maxi-Trail” da Yamaha, a XTZ 1200 Tenere, tem-se revelado uma excelente companheira de viagem. A minha relação com ela começou no Lés-a-Lés de 2010, desde Faro até ao Porto. Posteriormente foi também minha companheira na produção do Roteiro de Aveiro a Viseu, em Dezembro de 2010 e no reconhecimento do roteiro de Trás-os-Montes, em Julho passado, em simultâneo com a preparação do artigo “Portugal em Moto – zona norte” artigos publicados na Revista MOTOCICLISMO.


A mais recente aventura foi a participação no N2 – a mais longa estrada, evento que teve lugar em Novembro de 2011organizado pela Espaços Sonoros. Todas estas voltas somadas, devem rondar os 5.000 Km, o que me parece mais do que razoável para poder dizer que já a conheço bastante bem. E efectivamente, em todos os caminhos (em alcatrão ou em terra, mesmo em pisos mais degradados) e em todas as situações (chuva, frio, pressa desmesurada, noite, cansaço) senti sempre um enorme à-vontade aos seus comandos. 

A isso não é alheio o desempenho do ABS e do bom controlo de tracção, que apesar de não se poder desligar, oferece uma opção de funcionamento menos intrusiva, que permite até uns bons atrevimentos em andamento fora de estrada.

A posição de condução e o conforto das suspensões são o seu grande forte, reflectindo-se numa grande poupança de energias e consequente aumento da segurança. Mesmo com passageiro e carga. E se bem que a disponibilidade do motor se veja, em utilização extrema, sobrecarregada pelo elevado peso do conjunto, o desempenho global da ciclística, mesmo em ritmo mais elevado, nunca compromete, sendo bastante previsível e neutra, oferecendo uma incisão perfeita e intuitiva na trajectória pretendida, com um comportamento exemplar em curva em todo o tipo de pisos e condições. A travagem é de luxo, muito doseável e potente.

Um destaque para o veio de transmissão, cujo desempenho é excelente sem causar incómodos balanços ou ruídos. Gostei imenso da versão com a ponteira Akrapovic já que os baixos regimes e a sonoridade do motor ganham outra dimensão.